sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Promoção do trabalho cooperativo e valores para a convivência

Na perspetiva de Jares (2007), os jogos devem ser usados como recurso à aprendizagem, em qualquer idade, proporcionando bem-estar físico e psíquico.



Segundo este autor os jogos cooperativos permitem: 

  • A construção de uma relação social positiva; 
  • A empatia;
  • A cooperação;
  • A comunicação;
  • A participação;
  • O apreço e o auto-conceito positivo;
  • A alegria.


De acordo com o que se pretenda, assim se escolherá o tipo de jogo/jogos a realizar:
  • Jogos de apresentação – conhecimento do grupo e criação de um ambiente de confiança e à-vontade entre as pessoas;
  • Jogos de conhecimento – aprofundamento do conhecimento e das relações entre os pares;
  • Jogos de afirmação – provocar um auto-conceito positivo e valorizar as qualidades de cada pessoa;
  • Jogos de confiança – desenvolvimento da confiança no grupo;
  • Jogos de comunicação – aperfeiçoamento de atitudes comunicativas que favoreçam a empatia;
  • Jogos de cooperação – alargamento da união e formação de condutas pré-sociais, baseadas na reciprocidade e na cooperação;
  • Jogos de distensão – criação de um ambiente descontraído.


Todos aprendemos uns com os outros. Só através de uma vivência em conjunto, partilhada, ou seja, através da convivência é que aprendemos a ser e a estar connosco e com os outros. O futuro prepara-se no presente e só estando bem comigo é que poderei estar bem com os outros.

Socialização

“O Homem não nasce, faz-se”.

A socialização promove a integração do indivíduo na sociedade através da transmissão de regras, valores, desenvolvimento de sentimentos como a justiça e comportamentos comuns e aceitáveis pela grande maioria.


É um processo de desenvolvimento psicossocial interativo bidirecional, em que a sociedade atua sobre o indivíduo e este sobre a sociedade. É um investimento a longo prazo não se podendo esperar resultados imediatos.

A socialização compreende duas etapas diferenciadas: a socialização primária, que se processa durante a infância, e a socialização secundária, que se faz ao longo de toda a vida.

A família, a televisão, a internet, a escola, os pares, os grupos de amigos e pseudo-amigos, todos concorrem entre si numa amálgama, umas vezes complementando-se e outras de forma antagónica na socialização e na formação da personalidade e identidade do indivíduo.

Os quatro pilares da educação


Na perspectiva de Jacques Delors, a educação assenta em quatro pilares:
  • Aprender a conhecer, combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias. O que também significa: aprender a aprender, para se beneficiar das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.
  • Aprender a fazer, a fim de adquirir, não somente uma qualificação profissional mas, de uma maneira mais ampla, competências que tornem a pessoa apta a enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipa. Mas também aprender a fazer, no âmbito das diversas experiências sociais ou de trabalho que se oferecem aos jovens e adolescentes, quer espontaneamente, fruto do contexto local ou nacional, quer formalmente, graças ao desenvolvimento do ensino alternado com o trabalho.
  • Aprender a viver juntos desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das interdependências – realizar projectos comuns e preparar-se para gerir conflitos – no respeito pelos valores do pluralismo, compreensão mútua e da paz.
  • Aprender a ser, para melhor desenvolver a sua personalidade e estar à altura de agir com cada vez maior capacidade de autonomia, de discernimento e de responsabilidade pessoal. Para isso, não negligenciar na educação nenhuma das potencialidades de cada indivíduo: memória, raciocínio, sentido estético, capacidades físicas, aptidão para comunicar-se.”